top of page

primeiras vezes

  • Ana Carolina Albuquerque
  • 30 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

notes da carol: esse post foi resultado de uma inspiração super aleatória que eu tive hoje pela manhã. inclusive, estava planejado para hoje outro post, mas eu amei tanto a espontaneidade que tive que postar :) espero que gostem.


~ ATENÇÃO: abaixo encontra-se a exageração de um acontecimento banal!!!!! ~


A televisão me acordou hoje. Seis e vinte e três da manhã eu acordei com um som alto na sala. Ninguém estava assistindo à programação da Globo, mas por algum motivo lá estava ela gastando a energia da casa. Se não fosse por ela, pensando bem, eu teria furado com a minha irmã de ir correr no calçadão - já que meu alarme de seis e quinze não tocou sequer uma vez.


Depois de correr e passar por não um, não dois, não três, mas quatro Golden Retrivers exageradamente felizes - como sempre são -, já sabia que seria um dia bom. São esses pequenos momentos que me fazem querer sair da cama, o sentimento de querer repetir o ontem, mesmo sabendo que não depende de mim. Chegando na altura de casa, porém, achei uma coisa que só dependia de mim para acontecer: entrar no mar. Devido à pandemia, faziam seis meses que eu não tocava na areia, seis meses que eu não pegava jacaré, seis meses sem jogar altinha e sair com o pé vermelho. O reflexo do sol na água estava lindo demais para ser verdade, uma vista digna de um cartão postal de Vila Velha.


Foi muito emocionante - mais do que eu gostaria de admitir - tocar meus dedos nos granulados da areia e entrar pela primeira vez em tanto tempo na água gelada. Pela primeira vez em muito tempo senti o salgado do mar na minha língua. Para quem via de longe, eu parecia uma criança pulando e enfiando os pés na areia até cobrir parte da minha panturrilha. Senti a mesma felicidade e adrenalina de quando entrei no Maracanã pela primeira vez. Ou a mesma vontade de chorar de quando realizei meu sonho de ir para Londres. A mesma emoção do meu batismo. Quantas vezes subestimamos nossas primeiras vezes (em muito tempo)?


Eu, particularmente, lido muito bem com a saudade. Saudade de amigos, ok. Saudade da família, tudo tranquilo. Normalmente não me abala tanto. Muito por isso que eu não tinha percebido o quanto me fazia falta ir à praia, e o quanto eu não fazia isso o suficiente antes da pandemia. Eu moro a dois minutos do mar e não ia mergulhar nem uma vez por semana. Aquele velho ditado "a gente só dá valor quando perde" nunca foi tão verdadeiro para mim.


Faça todas as vezes serem as primeiras. Não espere perder para perceber que o que você tinha era bom.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


©2022 por carol :)

bottom of page